Convidada exclusivamente pela Câmara Sindical organizadora dos desfiles de Alta-Costura de Paris, a estilista holandesa Iris van Herpen, desfilou no último 4 de julho, uma coleção futurísta, inovando nas padronagens das roupas, materiais utilizados fazendo uso de elementos 3D, diferenciando-se do habitual de marcas consagradas na Alta Costura, como Dior e Alexander Mcqueen, e desde então suas criações vem tendo repercurções no mundo da moda.
Com apenas 28 anos, Iris van Herpen, foi aclamada pela crítica, não pela originalidade de suas criações, pois sua obra faz grande referência ao estilo de Alexander McQueen - marca onde foi estagiária - mas por trazer às passarelas, inovações no processo de confecção das roupas, utilizando elementos comuns no uso da arquitetura, como fios de metal, plástico retorcido, impressão 3D e outros, fazendo com que suas roupas se passem mais por esculturas andantes que trazem um conceito mais tecnológico às roupas, do que propriamente algo comum ao vestuário.
Confira abaixo o desfile apresentado pela estilista na Semana de Alta-Costura de Paris:
Iniciou sua própria marca em 2007 após se formar em Design de Moda na ArtEZ. Estagiou com Alexander Mcqueen e Viktor e Rolf, e além destes tem Hussein Chalayan e Nicolas Ghesquière como um de seus designer favoritos. Grande admiradora de Bjork, Iris já chegou a desenhar um vestido para a cantora.
Misturando elementos de moda, arte e arquitetura, Iris diz que o mais importante do seu trabalho é manter-se próxima ao formato do corpo. Em entrevista para a Dazed&Confused, ela explica, “Meu trabalho é sobre materiais, formatos e novas técnicas. Eu gosto de trazer novas técnicas para a moda, porque de outra maneira eu não posso respirar ou continuar criando”.
"Para mim moda é uma expressão da arte que está muito relacionada comigo e com meu corpo. Eu vejo isso como minha expressão de identidade combinada com desejo, humor e cultura”, explica a designer, e acrescenta que em seu trabalho ela tenta deixar claro que moda é muito mais do que somente funcional ou uma ferramenta comercial, e sim uma maneira de mostrar e vestir arte. “Com meu trabalho pretendo mostrar que a moda pode acrescentar algum valor ao mundo, que é atemporal e que o seu consumo pode ser menos importante do que o seu início”.
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