sexta-feira, 5 de agosto de 2011

ESPECIAL - Marilyn Monroe



Norma Jeane Mortensen, sem os cabelos loiros, batom vermelho, jóias e corpo impecável, talvez não fosse reconhecida, mas como Marilyn Monroe, não somente seria reconhecida como também considerada um ícone sexual atemporal, e a mulher mais sexy do século, segundo a revista People [1999].

Hoje dia 5 de agosto de 2011 faz 49 anos que  Marilyn Monroe foi encontrada em uma morte precoce aos 36, com uma suposta overdose de remédios para dormir em seu apartamento em Los Angeles.

Marilyn viveu um personagem em toda sua vida, desde quando era apenas uma garota da parte pobre da cidade em Little Rock, onde teve seu coração quebrado e decidiu deixá-lo para trás e lutar pela fama, posto que os diamantes são os melhores amigos que uma mulher pode ter.


Marilyn Monroe – Vida e Obra
Norma Jeane Mortensen ao contrário da loira sedutora e aproveitadora Marilyn, eram pessoas bem diferentes a princípio. Norma nasceu em Los Angeles, onde a pobreza e dificuldade sempre acompanharam sua família composta por ela e sua mãe. Norma nunca chegou a conhecer o pai, e com os problemas mentais de sua mãe se agravando com o tempo, Norma foi encaminhada diversas vezes a orfanatos.
Aos 16, Norma teve que tomar uma decisão: ou voltava para o orfanato ou se casava com seu namorado com quem estava há seis meses, e numa tentativa vã de escape e independência, Norma se casa com um trabalhador aeroviário James Dougherty em 1942 . O casamento durou apenas quatro anos até o divórcio, sendo o primeiro de uma sucessão de casamentos falidos que teria em vida.
Divorciada, Norma foca-se no objetivo que o casamento lhe reprimia: alcançar o estrelato.
Sem ninguém por si, Norma passou por enormes dificuldades, onde por muitas vezes deixava de comer, para pagar o aluguel ou para fazer fotos que as empresas hollywoodianas exigiam que constasse no seu portfólio. A princípio sustentava-se como modelo, o que não lhe rendia além do necessário para sua subsistência.  Conseguiu papéis pequenos no período que foi contratada pela 20th Century Fox, onde teve sua primeira participação cinematográfica no filme Sua Alteza, a Secretária (1947).
Foram 6 anos, de pequenos filmes, transitando entre diferentes gravadoras, fotos para playboy, e um processo de “sedução do público e da crítica” até que Norma, adotasse seu pseudônimo de Marilyn Monroe juntamente com o cabelo loiro platinado, alcançando a fama com o filme The Gentlemen Preffer Blondes em 1953.



A vida pessoal de Marilyn era também um prato cheio para a imprensa, que a julgava bem como aparecia em seus filmes: uma loira sedutora e aproveitadora. Foi alvo (ou musa inspiradora ?) de artistas da época como Andy Warhol, que reproduziu sua imagem por diversas vezes e a pintou com cores berrantes e falhas, remetendo ao superficial e artificial de artistas da época, foi novamente eternizada através da Pop Art. Causando repudio aos americanos mais conservadores e desejo dos homens que a viam na tela do cinema, Marilyn, deixou os EUA de tal forma aos seus pés, que se envolveu não apenas com o presidente da época J.F. Kennedy como também com seu irmão, simultaneamente.
Kennedy, bem como a maioria dos homens da época tinha uma enorme atração por Marilyn, porém a responsabilidade tida pelo cargo que ocupava não lhe concedia a autonomia para ficar com uma mulher que representasse tamanho ícone sexual.

Comprovando este fato, temos o épico Happy Birthday to You Mr. President, onde Marilyn parabeniza o presidente cantando em sua homenagem em rede nacional com vestido tão justo que teve de ser costurado em seu corpo.


 Marilyn fez muitos outros filmes, porém seus papéis não diferiam muito. Era sempre uma loira, fazendo-se de amante, ou querendo subir na vida a custa de milionários. Essas restrições por ser um símbolo sexual, acabavam por afetar a atriz que queria fazer outros gêneros de filmes e crescer como atriz.
“Algumas pessoas têm sido indelicadas. Se eu disser que quero crescer como atriz, eles olham para a minha figura. Se eu disser que quero desenvolver, a aprender meu ofício, eles riem. De alguma forma eles não esperam que eu seja séria sobre o meu trabalho.”
Marilyn teve três divórcios e dois abortos. E em seus três casamentos, foram seus maridos que a deixaram por perceberem que não haviam se casado com uma Loreleei Lee que representava tão bem e era objeto de desejo nacional,  e sim com uma mulher com desejos e defeitos como qualquer outra.


Sua solidão mais seu medo de envelhecer e perder a imagem que lhe proporcionara tudo fazia com que Marilyn agravasse seus problemas para dormir, sendo que já estava usando medicamentos para dormir a certo tempo, e em quantidades crescentes, até que no dia 5 de agosto de 1962 viesse a ter uma overdose dos mesmos.

Em seus últimos trabalhos cinematográficos gastavam até nove horas para deixar Marilyn apresentável para as filmagens. No último filme que foi contratada All Got to Give em 1962, Marilyn foi logo despedida pelos constantes atrasos nos sets de filmagem e sua indisposição para continuar sua carreira.
 Marilyn tinha tudo e todos os homens aos seus pés, porém Norma Jeane Mortensen nunca teve alguém que a amasse pelo que realmente era.


“Eu sabia que eu pertencia ao público e ao mundo, não porque eu era talentosa ou até mesmo bonita, mas porque eu nunca tinha pertencido a qualquer coisa ou qualquer outra pessoa”.  Marilyn Monroe

Marilyn e a moda


Marilyn como personalidade icônica, eternizou junto a sua imagem vários elementos, que compunham uma imagem impactante. Em um contexto tomado pelo conservadorismo americano,  Marilyn se vestia para os homens. Com vestidos sem muitos adornos mas bem ajustados e decotados, maquiagem perfeita com olhos delineados e boca marcada por um forte batom vermelho, e principalmente seu cabelo platinado e ondulado. A própria imagem da pin-up, misturava sensualidade e inocência.
Todas essas referências influenciaram e ainda influência a moda de várias maneiras. Em uma das cenas mais clássicas do cinema, no filme "O pecado mora ao lado", Marilyn eternizou o vestido branco plissado que é levantado pelo vento e que volta no verão 2012 com a tendência das saias plissadas. Outra forte tendência de algumas recentes estações é a calça cigarrette, símbolo da liberdade e rebeldia nos EUA, foi usada por Marilyn, que juntamente à outras mulheres lendárias, quebrou tabus tratando-se de moda e comportamento. No entanto, apesar de toda sua evidente sensualidade, pouco se viu Marilyn usando cores berrantes e estampas, costumava usar cores suaves e clássivas como creme, chocolate, marrom, champagne e principalmente branco.


E em uma mistura de autenticidade e ousadia, em uma harmonia perfeita, Marilyn conseguiu tornar-se atemporal, e por muitos considerada a mulher mais bela que já viveu. Ela inspirou e continua a inspirar editoriais e filmes por todo o mundo, além de estrelas da música como Madonna.


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